sábado, 14 de junho de 2008

A Vida Real dos Elefantes no Circo

As piruetas dos elefantes no circo escondem uma realidade bem cruel.
O vídeo não se refere a um circo Português, mas no que toca à exploração, o idioma e o país onde a exploração ocorre são irrelevantes. Este é apenas um exemplo...

Vejam o vídeo aqui.

Um site com informações esclarecedoras sobre este assunto, aqui.

Testes de medicamentos em animais_Notícia do DN

O DN Online publica hoje, dia 14 de Junho, uma notícia sobre um estudo, em desenvolvimento na Universidade Nova de Lisboa, que procura alternativas aos testes de medicamentos, habitualmente efectuados em animais. O estudo em curso pretende provar a viabilidade da utilização da cultura de células estaminais humanas em vez de animais para este tipo de testes:

«Desenvolver modelos alternativos à utilização de animais, capazes de fornecer resultados fiáveis, através da cultura de células é o objectivo de um estudo que reúne investigadores portugueses e outros parceiros europeus. "Os fármacos antes de chegarem ao mercado passam por uma série de ensaios. Parte desses ensaios são feitos em animais", explica Paula Alves, directora do Laboratório de Tecnologia de Células Animais (LTCA), do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET) e do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), da Universidade Nova de Lisboa. "O que pretendemos com este estudo é fazer a substituição dos animais", refere.»

Podem ler o artigo completo aqui.

Obrigado Paula Alves e investigadores envolvidos neste projecto por, apesar dos poucos recursos, mostrarem que é possível fazer-se ciência a favor da Vida Humana sem explorar a Vida Animal.

Missão da AAPorto

O núcleo do Porto pretende expandir as acções implícitas na Missão da Acção Animal, sincronizando actividades entre os núcleos existentes e organizando acções locais.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Touradas

Os textos que se seguem foram publicados no GoogleGrupos da Acção Animal, no dia 2 de Junho de 2008.
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Data: Seg 2 Jun 2008 03:39
De: Hugo Evangelista

Parece que afinal as touradas existem é pelo dinheiro.

A comprová-lo está o facto das associações tauromáquicas, que como
norma não reagem às manifestações "anti-tourada" (leia-se "pelos
touros"), terem começado a reagir fortemente apenas quando ocorreu
recentemente o cancelamento do patrocínio de várias empresas/marcas a
eventos tauromáquicos (Caixa Geral Dep, Ben & Jerry, Super Bock).

É agora mais claro do que nunca quais são os objectivos da
tauromaquia. Não é o de manter a tradição portuguesa (apesar de muitas
tradições cruéis e não éticas já terem acabado), nem a celebração de
uma arte (apesar do sofrimento e morte do touro ser um factor bem mais
relevante que uma expressão artística), nem dar uma festa ao povo (que
não está nem nunca esteve limitado às touradas para poder socializar),
nem "manter" o touro bravo (que é uma argumento biologicamente
falacioso, já que o touro bravo foi seleccionado artificialmente e por
isso não tem qualquer relevância ou papel num ecossistema natural, ao
contrário de um panda ou lince ibérico, por exemplo).

E estas associações tauromáquicas já se começaram a mexer.

Por exemplo, a Associação Nacional de Forcados deixa-nos uma pérola no
seu site:

"Não vamos ameaçar boicotes, vamos sim, manifestar junto dessas
empresas que, pelo facto de terem cedido a este tipo de pressão, vamos
ponderar seriamente em adquiri os seus produtos e/ou serviços, trocado
estes por outras marcas alternativas e que apoiam a tauromaquia ou as
actividades a ela ligadas."
(http://angfportugal.org/noticias_detail.php?aID=57)

Resta saber o que é que os aficionados entendem por "boicote". Diz o
dicionário que um boicote é "não comprar, propositadamente,
mercadorias de certa origem". "Ameaçar" significa "manifestar intenção
de fazer mal" ou "estar iminente".
Mas eles clarificam que não vão ameaçar boicote aos produtos. Vão sim
manifestar às empresas que vão ponderar seriamente não comprar os
produtos. Sobre isto estamos esclarecidos!

Deixando de lado a forma e passando ao conteúdo, deixo alguns dados
sobre o dinheiro envolvido neste tipo de eventos:
- Os toureiros recebem em média cerca de 10.000 euros por corrida
(SIC, Reportagem "Vermelho e Negro"Junho 2003).
- No total são vendidos 2600 touros (para Portugal, Espanha e França)
pelas ganadarias portuguesas por ano, com lucro de ~2000 euros por
animal (DN, Julho 2007).

Numa altura em que os lucros dos ganadeiros e dos toureiros são
astronómicos e é raro as praças de touros estarem cheias, este tipo de
eventos apenas subsiste pelos patrocínios que vai conseguindo e pelos
apoios financeiros das Câmaras Municipais directamente para as festas
ou para grupos de forcados e escolas de toureiros.

São estes os pilares de suporte deste negócio manchado do sangue
daqueles que eles dizem "gostar" e "proteger".

Não é o apoio massivo do povo. Esse já percebeu há muito que nenhuma
tradição justifica o desespero do touro quando este se asfixia no seu
próprio sangue. Que nada justifica uma festa em torno da provocação e
crueldade a um animal.

A comprová-lo está uma sondagens de opinião de 2007 que mostra que a
maioria absoluta dos portugueses são efectivamente pelo fim das
touradas.
A comprová-lo está também o cada vez maior desespero dos empresários
tauromáquicos ao oferecer bilhetes e fazer descontos "generosos" aos
mais assíduos.

Ao movimento pelos direitos dos animais cabe continuar o seu trabalho
pela sensibilização e formação esclarecida e aberta de todos, pela
criação de pontes e diálogo entre associações, pela promoção das
alternativas à exploração animal e pelo respeito por todos os animais.

Hugo Evangelista, 2 Junho 2008

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TÓPICO: A arte e cultura da tourada
http://groups.google.com/group/accaoanimal/browse_thread/thread/93dadd917e49bd6a?hl=pt-PT
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== 1 de 1 ==
Data: Seg 2 Jun 2008 08:54
De: rui pedro

Existem muitas representações artísticas que reproduzem temas
relacionados com a tauromaquia, o que não quer dizer necessariamente
que o artista esteja de acordo com a propaganda que ele próprio ajuda
a promover. Muitos dos artistas que promovem tais eventos fazem-no
pelo principio de entrada dentro do mercado da arte para obter
visibilidade e destacar-se entre seus pares concorrentes (outros
artistas). É muitas vezes, para o artista, uma questão de
sobrevivência. Para um promotor tauromático, normalmente detentor de
grande capital económico, torna-se certamente num grande regozijo
observar a luta entre os artistas que tanto se esforçam para "agradar
o seu gosto" e contribuir, inconscientemente, ou não, para uma falsa
propaganda - a do espectáculo e da tradição.

http://br.youtube.com/watch?v=DWGnXoBgVAI

Neste link encontra-se um "video artístico" que faz menção aos
verdadeiros valores dos "espectáculos tauromáticos": a dor,
sofrimento, a crueldade e a morte.

Rui Pedro Fonseca